O portal
Uma multidão de rostos atravessa meu corpo
Sem saberem-me vivo
Vão essências displicentes numa luta arrastada
Sem dizer ou deixar um Bom Dia, alheio!, uma lágrima
Ou um riso contido; apenas vão
Avançando o seu vagar contra o tempo.
Alguma alma perdida em sonhos, num instante
Fracionário de luz, algum tipo de sentimento
Acena: mistério.
Apenas lembranças de um perfume
Impregnando o ar, os pensamentos
Com sabor e rastro de uma vida passageira.
Agora, a plataforma são olhos meus
E o destino – solado gasto noutros olhos passantes
É incógnito, rústico e belo como qualquer
Caminho aberto
A paisagem única e coletiva é solidaria
Nenhuma imagem segue sem ser revelada completa
Ou ao avesso nos braços da tarde
Da noite
Do dia em que damos o primeiro passo.
Tantas almas- bilhetes mágicos
Partem nos olhos lotados de encontros
Caminhos cruzados sem requerer bagagens.
Partem poesia breve... como uma sombra que passa
E, em silêncio, se recolhe.
parabéns poetamigo por mais este belo espaço de literatura de qualidade, já ganhou mais um seguidor-fã, forte abraço e lhe desejo um feliz 2012 repleto de boas inspirações
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